O estresse e a pressão são comuns no ambiente de trabalho. Porém, há profissões que apresentam um nível maior de irritabilidade, o que compromete a saúde mental e física dos profissionais e causa insatisfação com suas próprias carreiras.
Você faz parte daquele grupo de pessoas que precisa deixar o lazer de lado para dar conta do trabalho? Ou mesmo sacrificar relacionamentos familiares e amorosos por conta de um bom salário? Se sim, talvez a sua profissão esteja gerando mais estresse do que prazer.
Será que vale a pena deixar de viver por um trabalho que mais te consome do que agrega valor? Bom, essa resposta varia de pessoa para pessoa. Afinal, há quem sinta prazer em trabalhar e realmente se encontre no ambiente de trabalho, independente da sobrecarga e do nível de estresse.
Se você se interessou sobre o assunto, continue lendo este post para conferir os temas que abordaremos nos seguintes tópicos:
Quais são as 10 profissões mais estressantes do mundo?
O ambiente de trabalho e a síndrome de burnout;
Quais são os sintomas da síndrome de burnout?
Como funciona o tratamento?
Quais são as 10 profissões mais estressantes do mundo?
De acordo com uma pesquisa realizada em 2010 pela International Stress Management Association (ISMA), o Brasil é o segundo país no mundo com maior prevalência de estresse no trabalho, ficando atrás apenas do Japão.
Entre as principais fontes causadoras desse problema, estão: grande volume de trabalho, competição entre os colegas, pouco reconhecimento de seus supervisores e longa jornada de trabalho. Acompanhe, a seguir, as 10 profissões inseridas neste contexto:
1. Operador de telemarketing
O telemarketing é uma das áreas com maior índice de rotatividade do mercado. O profissional do segmento costuma sofrer bastante com a jornada de trabalho e, principalmente, com a falta de paciência dos consumidores.
Além disso, com um salário que não ultrapassa os R$1.300,00 reais, os atendentes de telemarketing certamente sofrem com a falta de respeito e empatia das pessoas, sendo, sem sombra de dúvidas, uma das profissões mais estressantes do mundo.
2. Bombeiro
Por conta dos perigos que englobam a profissão, os bombeiros precisam de inúmeros cuidados psicológicos para lidar com as diversas situações emergentes do dia-a-dia.
O preparo psicológico é de suma importância para que esse profissional consiga atuar em incêndios, desabamentos, enchentes e outras situações que exigem equilíbrio emocional.
É válido ressaltar que o salário básico inicial não valoriza estes esforços, ficando por vezes abaixo dos R$1.500,00 reais. Quem opta pela profissão realmente precisa admirá-la.
3. Policial militar
Falando ainda sobre a área pública, o policial militar também sofre com a falta de estrutura psicológica e física oferecida pelo Estado. O profissional arrisca sua vida diariamente para proteger a população e garantir o bem-estar físico das pessoas.
Além de toda a carga mental, ele ainda recebe salários que podem variar entre R$1.200,00 e R$4.500,00 (dependendo da região do Brasil), enquadrando-se facilmente na lista de profissões mais estressantes do mundo.
4. Professor
Não precisamos dizer que ser profissão no Brasil não é nada fácil, certo? Trata-se de uma profissão pouco valorizada e reconhecida pelo Governo, pais e até mesmo alunos, haja vista o crescente número de casos de alunos agredindo seus próprios professores.
Como se não bastasse, o professor não costuma ganhar mais de R$2.886,00 reais na rede pública de ensino, além de contar com jornadas extensas de trabalho para conseguir um dinheiro extra com o acúmulo de aulas.
5. Jornalista
Embora não pareça, a profissão de jornalista também é muito citada no ranking de profissões mais estressantes do mundo. Por conta da longa jornada de trabalho e horários não definidos, os jornalistas costumam sofrer muito com a profissão.
Além do mais, não é difícil encontrar relatos de jornalistas que foram agredidos - fisicamente e verbalmente - durante o exercício da profissão. O profissional ganha, em média, R$2.568,00 reais.
6. Médico
Ainda que ganhe um bom salário, trabalhar constantemente com a vida e morte das pessoas não é nada fácil. A depender do local em que o trabalho é executado, é preciso lidar com a precariedade de equipamentos, medicamentos e longas jornadas de trabalho.
7. Profissionais de TI
Salários acima da média, alto índice de empregabilidade e planos de carreira são os benefícios da profissão do momento: tecnologia da informação (TI). Embora as vantagens sejam óbvias, esses profissionais sofrem com uma rotina extremamente estressante.
Em sua maioria, os profissionais de TI não têm tempo para suas famílias, para construir relacionamentos e obter momentos de lazer. Isso porque o trabalho envolve longas jornadas de trabalho; ou seja, o tempo é valioso nesta área.
8. Piloto de avião
Quase ninguém fala sobre a responsabilidade de um piloto de avião. Mas, ainda que o assunto seja pouco comentado, é importante ressaltar que os pilotos de avião precisam lidar com longas jornadas de trabalho e, consequentemente, com o cansaço acumulado.
Além disso, por viajarem o tempo todo, esses profissionais dificilmente conseguem passar um tempo com suas famílias e amigos, agravando o nível de estresse.
9. Engenheiro
O engenheiro civil, além de encontrar uma série de desafios para entrar no mercado de trabalho, também precisa lidar com a tensão presente no cotidiano. Imprevistos em obras, desgaste mental e as exigências são os principais causadores de estresse.
10. Bancário
Sabemos que trabalhar em uma instituição financeira é o sonho de muitos profissionais, afinal, salários altos e planos de carreira são alguns dos benefícios da profissão. No entanto, poucos reconhecem a carga mental que os bancários enfrentam.
De maneira geral, os bancários precisam lidar com cobranças constantes de resultados e muita pressão, o que pode desencadear, inclusive, a síndrome de burnout.
O ambiente de trabalho e a síndrome de burnout
É claro que o estresse é algo natural no ambiente de trabalho, principalmente em profissões como as mencionadas acima. Contudo, quando ele passa a afetar o psicológico e o bem-estar de um indivíduo, podemos chamá-lo de síndrome de burnout.
Também conhecida como síndrome do desgaste profissional, a síndrome de burnout trata-se de um distúrbio psíquico de estresse elevado, caracterizado pela perda de energia emocional e física provocada pelas situações relacionadas ao ambiente de trabalho.
Resumidamente, a síndrome pode ser gerada por conta de situações desconfortáveis que acontecem no trabalho, tais como discussão entre funcionários, falta de valorização, remuneração não adequada, cobranças de superiores e sobrecarga de trabalho.
Os sintomas podem começar de maneira despercebida, como uma bronca devido a atrasos ou um simples erro. Porém, a recorrência de broncas e as reações incômodas tendem a ser um gatilho para a síndrome, levando o profissional ao desânimo e ao desgaste emocional.
Por conta do alto número de demandas no ambiente de trabalho, a doença tem se tornado cada vez mais comum no universo corporativo, e deve ser tratada por psicólogos e psiquiatras a fim de evitar uma possível piora no quadro clínico.
Quais são os sintomas da síndrome de burnout?
Em primeiro lugar, é importante esclarecer que a síndrome de burnout atua por estágios. A doença tem seus sintomas iniciais mais leves e, com o passar do tempo, vai se tornando um incômodo, afetando a vida pessoal e profissional do paciente.
Além de promover desconfortos mentais e impactar a vida profissional e pessoal do indivíduo, o transtorno também pode ser visto a partir de aspectos físicos. No geral, ela surge através da ocorrência dos seguintes sintomas:
Cansaço físico e falta de vontade: um dos primeiros sintomas é a falta de vontade e desapego ao trabalho que antes realizava com prazer;
Dificuldade para se concentrar: por conta do cansaço, é comum que o profissional demonstre dificuldade para se concentrar e não consiga focar no trabalho;
Dor de cabeça, fadiga e dor muscular: ao desenvolver o desgaste mental, o corpo também sofre com as consequências, demonstrando cansaço, dores no corpo e fadiga;
Ansiedade e dificuldade para respirar: caminhando juntos, ambos os sintomas surgem após o ápice da doença, apresentando sinais de irritação e dificuldades para respirar;
Perda de prazer, depressão e insônia: essas são reações que surgem após o fim do expediente, comprometendo a vida social e pessoal fora do trabalho;
Mudanças de comportamento: quem sofre com a síndrome de burnout, tende a demonstrar comportamentos e emoções antes não vistos, além de manifestar ações agressivas.
Lembre-se que os sintomas apresentados por cada paciente são distintos, podendo variar entre pequenas dores de cabeça e até desmaios.
O fato é que os sintomas tendem a provocar falhas no sistema imunológico, facilitando o surgimento de doenças que não estão diretamente relacionadas à síndrome de burnout.
Como funciona o tratamento?
A síndrome de burnout pode afetar qualquer profissional, e de diferentes formas. Por isso, devem ser realizados tratamentos específicos para cada caso. De todo modo, a psicoterapia é o tratamento mais indicado para pessoas diagnosticadas com a doença.
Após algumas sessões de terapia, normalmente são realizadas prescrições médicas para a maioria dos pacientes, contendo antidepressivos e outros medicamentos que auxiliam no controle dos sintomas.
Outra recomendação muito comum são as atividades físicas indicadas pelo próprio especialista, a fim de oferecer ao paciente outras ocupações. Caso a síndrome não seja tratada, ela pode gerar diversos tipos de doenças, tais como diabetes, depressão e pressão alta.
Portanto, se atente aos sintomas e busque ajuda profissional. A Lapidando Mentes conta com uma equipe de profissionais capacitada para lhe auxiliar neste processo!
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