A depressão é um transtorno psiquiátrico com múltiplos subtipos, incluindo a depressão endógena. Compreender suas propriedades é importante porque é um transtorno de causas diferentes da depressão reativa, que é desencadeada por situações estressantes ou traumáticas.
Quanto mais informações de qualidade forem publicadas sobre o tema, mais as pessoas poderão identificar quando algo está errado e buscar ajuda para o diagnóstico e tratamento adequados.
Quer saber mais sobre a depressão endógena? Continue a leitura deste artigo para conferir as principais informações sobre o transtorno.
O que é depressão endógena?
A depressão endógena é caracterizada por sentimentos de tristeza, apatia e desesperança. A maior diferença está na sua causalidade, pois não requer uma situação desencadeante externa, ocorre a partir de fatores internos, nomeadamente alterações na bioquímica cerebral ou alterações estruturais.
Por sua vez, a depressão reativa tem uma relação clara com as circunstâncias externas que desencadeiam o transtorno. O grande perigo da depressão endógena é que a falta de uma causa externa identificável acaba complicando e dificultando a compreensão do transtorno pelo paciente e parentes próximos.
Muitas pessoas acreditam que a depressão só ocorre quando um indivíduo passa por alguma situação estressante ou traumática grave, mas não precisa ser assim. Portanto, conhecer os sintomas é essencial para determinar quando algo está errado e procurar ajuda profissional.
Quais são os sintomas da depressão endógena?
Os sintomas da depressão endógena são muito semelhantes aos da depressão reativa. Claro, tenha em mente que o paciente não precisa apresentar todas as alterações, cada caso é um caso.
Entre os principais pontos de atenção na mudança de comportamento, podemos citar:
ansiedade;
apatia;
sentimento de culpa;
desesperança;
mudanças de humor;
perda de interesse e prazer nas atividades;
tristeza;
tédio;
isolamento social;
choro excessivo;
inquietação;
irritabilidade;
excesso de sono ou insônia;
falta de concentração;
pensamentos suicidas;
lentidão para realizar atividades;
fadiga;
ganho ou perda de peso;
abuso de substâncias;
repetição incessante de pensamentos.
Quais são as diferenças entre a depressão endógena e reativa?
Embora os sintomas de ambos os tipos de depressão sejam muito comuns, existem algumas diferenças que vale a pena notar.
Na depressão endógena, os sintomas geralmente são mais graves, portanto, os pensamentos suicidas são mais prováveis. Os sentimentos tristes também tendem a ser mais intensos, intrusivos e penetrantes, e vem acompanhado da incapacidade de sentir prazer. Além disso, há maior ênfase nos sintomas relacionados às funções vitais, como sono e apetite.
E como diferenciar depressão e tristeza?
Outro ponto importante é ter consciência de que, apesar dos sintomas parecidos, a depressão é diferente da tristeza.
A tristeza geralmente dura horas ou dias, enquanto a depressão não tratada pode durar meses ou anos. Portanto, considera-se que uma pessoa tem depressão quando os sintomas persistem por mais de duas semanas.
Além disso, a intensidade é outro ponto importante, pois a tristeza não afeta significativamente a produtividade e a realização de tarefas mais simples. Por outro lado, o mau humor causado pela depressão pode afetar todas as áreas da vida e, em casos mais graves, até pensamentos suicidas.
Quais são as causas da depressão endógena
A depressão endógena é causada principalmente por reduções significativas nos fatores setoriais, mas essa mudança não é desencadeada por fatores externos. Isso significa que ela ocorre naturalmente, então nesse subtipo da doença existe um fator genético que aumenta a probabilidade de as pessoas desenvolverem a doença.
Existem vários estudos sobre a importância da serotonina na regulação do equilíbrio e bem-estar do organismo. O seu déficit, junto do déficit funcional catecolaminérgico, é capaz de levar a um estado depressivo.
Como tratar a depressão endógena?
É impossível tratar a depressão endógena sem a ajuda de acompanhamento profissional. O ponto importante é que cada subtipo da doença persiste por um período de tempo, mas isso pode durar para sempre. Por isso, é necessário estar sempre atento e controlar a saúde mental. Afinal, esta é uma doença que existe na constituição individual e não simplesmente desaparece.
O tratamento, por sua vez, inclui várias frentes de atuação, entre elas:
Medicação
Dependendo da intensidade e gravidade, certos subtipos da doença podem ser tratados sem medicação. No entanto, as pessoas endógenas tomam antidepressivos como primeira escolha (afinal, o motivo é um desequilíbrio químico no cérebro, sem fatores externos) e geralmente respondem muito bem à medicação.
Psicoterapia
A psicoterapia é a base para tratar e manter a saúde mental de pacientes com depressão endógena. Os psicólogos ajudarão os pacientes a entender seu papel no tratamento e estratégias para combater os sintomas da doença.
Para isso, ao longo das sessões, serão levantadas questões sobre autoconhecimento e cuidados para ter mais bem-estar e qualidade de vida.
Meditação e yoga
Muito se fala hoje em dia sobre meditação e ioga, ambas benéficas para a mente e o corpo e, a longo prazo, ajudam a reduzir os sintomas de depressão, ansiedade e estresse.
Aliados a outras áreas terapêuticas, como a psicoterapia, a meditação e o yoga podem contribuir positivamente para a melhoria da qualidade de vida das pessoas com depressão endógena.
Estilo de vida saudável
O estilo de vida saudável passa por várias esferas que se forem bem trabalhadas podem contribuir para um dia a dia muito melhor.
A primeira coisa a observar é a atividade física, que é um ótimo remédio natural para depressão e ansiedade. Mover o corpo por pelo menos 20 minutos por dia estimula a produção de endorfinas, dopamina e serotonina, os chamados “hormônios da felicidade”.
Outro fator é uma alimentação balanceada. Estudos mostraram que as dietas mediterrânea e japonesa que consistem em frutos do mar, vegetais, feijões e grãos não processados (bem como quantidades limitadas de carne e açúcar) podem reduzir a probabilidade de depressão e outras doenças mentais em até 35%.
Entre os benefícios da alimentação balanceada podemos citar o combate à fadiga e perda de energia, sintomas comuns na depressão. Além disso, o consumo de alimentos antidepressivos também são importantes porque aceleraram a produção de serotonina.
Alguns dos itens mais indicados para incluir na sua dieta são:
frutas;
mel;
leite e iogurte desnatado;
flores verdes;
castanha-do-pará;
aveia e centeio;
soja;
frutos do mar e peixes.
Fique atento aos sinais
Identificar os sinais é o primeiro passo para combater a doença. Por isso, se identificá-los, busque ajuda o quanto antes para viver com equilíbrio e bem-estar.
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