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Pornografia: 4 motivos para não consumir mais



Que o crescimento da internet facilitou - e muito! - a vida da sociedade contemporânea não é uma novidade, certo? A rede permitiu a construção de relações entre pessoas de diversas partes do mundo, diminuiu a distância entre elas e ofereceu novas modalidades de trabalho.


Segundo relatório divulgado pela Organização das Nações Unidas (ONU), 4,1 bilhão de pessoas utilizam a internet em todo o mundo. O número de usuários corresponde a 53,6% da população mundial. Ou seja, mais da metade da população possui acesso à internet.


Embora a internet tenha facilitado o acesso às informações e encurtado a distância entre as pessoas, a banda larga trouxe, também, um ponto que exige atenção: o fácil acesso a conteúdos pornográficos. Hoje, crianças e jovens podem acessar sites de pornografia com apenas alguns cliques em seus smartphones.


O fato é que o consumo exagerado desses materiais oferece riscos graves à saúde física e psicológica, principalmente quando falamos da população mais jovem. Por isso, neste post você verá os principais efeitos da pornografia, bem como motivos para não consumi-la.


Quais são os efeitos da pornografia?


De acordo com a empresa de dados britânica Optenet, 37% da internet é composta de material pornográfico. Estudos apontam ainda que entre 50% e 99% dos homens gostam de assistir pornografia na internet. Em relação às mulheres, a taxa varia de 30% a 86%.


No entanto, é crescente o número de pessoas que lidam com o lado negativo do consumo. Estima-se que um em cada dez consumidores de pornografia não conseguem interromper o hábito de forma alguma, ainda que os materiais contribuam para a melhora da vida sexual.


Um dos principais efeitos colaterais da pornografia é a busca de um ideal sexual baseado nos filmes e conteúdos pornográficos. Esse fator desencadeia uma pressão, principalmente entre os mais jovens, para que atuem como as atrizes e atores dos filmes pornôs.


Além do mais, de acordo com dados divulgados pela Organização Mundial da Saúde (OMS), o excesso de consumo de conteúdos pornográficos pode gerar quadros sérios de saúde, tais como disfunção erétil e dificuldade de ejaculação.


O uso excessivo de pornografia já foi relacionado em pesquisas a quadros de depressão, ansiedade, estresse, assim como alterações na satisfação sexual, amorosa, qualidade de vida e bem-estar.


4 motivos para não consumir pornografia


Como mencionado acima, a pornografia pode, sim, trazer benefícios reais aos indivíduos que a consomem uma vez ou outra, essencialmente quando se observa o desenvolvimento de uma vida sexual mais ativa e saudável.


Por outro lado, muitas pessoas relatam não atingir o orgasmo durante uma relação sexual com facilidade, possuem ereções instáveis e apresentam dificuldades para se excitar com parceiras ou parceiros reais.


Ou seja, durante a relação sexual, pessoas que consomem pornografia frequentemente não conseguem alcançar a perfeição e os estímulos visuais disseminados pelos materiais pornográficos, o que pode pressionar o individuo e gerar inúmeras frustrações.


1. Objetificação da mulher e machismo


É comum observar em materiais pornográficos o homem como o centro das atenções - e isso acontece dentro e fora das telas. Afinal, o machismo está enraizado na nossa sociedade, tornando-se um ponto essencial a ser debatido e eliminado.


Ainda que conteúdos feministas estejam conquistando espaço nos sites e canais pornográficos, a maioria dos materiais ainda coloca a mulher como submissa e disponível aos comandos e desmandos do homem.


Nesse sentido, não é raro encontrar produções que transmitem práticas violentas (enforcamentos, estupros, tapas) como se fossem coisas naturais e, pior, prazerosas.


Esses conteúdos, por si só, fazem com que os homens enxerguem as mulheres como objetos utilizados apenas para a satisfação de seus prazeres, idealizando determinados elementos pornográficos como ideais e mais satisfatórios.


2. Ideias equivocadas sobre performance sexual


Se você já acessou algum conteúdo pornô, deve ter percebido que os atores costumam ter pênis enormes, sempre rígidos, além de demorar uma eternidade para ejacular; já as mulheres não cansam nunca, costumam ter seios enormes e multiorgásmicas.


Mas todo mundo sabe que na vida real é bem diferente. Porém, a sensação de inferioridade é marcada entre parceiros inseguros, imaturos e inexperientes. A pornografia é capaz de causar um pensamento de que o sexo é entendiante se não for feito como nos filmes.


O psiquiatra Kevin Majeres, pesquisador da Universidade Harvard (EUA), divulgou em 2016, um estudo que aponta que a pornografia afeta o cérebro masculino, prejudicando a região que os faz diferenciar a realidade da ficção.


3. Vício em masturbação e dificuldades para manter relacionamentos

Não é uma novidade que a masturbação é um dos fatores determinantes para que um individuo consuma pornografia, certo? No entanto, se a pessoa passa a exceder o consumo pornográfico apenas para essa finalidade, algo está muito errado.


Efeitos negativos à vida profissional e social e dificuldade para manter relacionamentos, bem como para se estabelecer vínculos afetivos duradouros, são sinais que merecem atenção, pois representam a dependência pornográfica.


É importante lembrar que relacionamentos exigem tempo e dedicação, o que faz com que as pessoas encontrem na pornografia uma forma de tratar suas frustrações, sem ao menos administrar o vício.


4. Aprendizado deturpado do sexo


Por fim, o aprendizado deturpado do sexo ocorre principalmente entre pré-adolescentes e adolescentes. Embora a educação sexual não seja mais um tabu entre as famílias, a pornografia não costuma fluir de forma rotineira nas conversas.


A busca por informações fora de casa sempre foi muito comum entre a população jovem. Mas, com o fácil acesso à informação e aos materiais pornográficos, principalmente via celular, é possível observar comportamentos extremos e até menos moralistas.


O aprendizado deturpado do sexo faz com que o individuo crie situações extremamente abusivas com o seu parceiro, usando a relação sexual como uma forma de submissão, e não de obtenção de prazer.


Quais são os prós da pornografia?


Enquanto uns lidam com o lado deturpado de materiais pornográficos, há quem consome pornografia para alimentar a vida sexual e estimular a imaginação. Quem consome este tipo de material pode, sim, lidar de maneira saudável com os estímulos apresentados nos filmes.


Assim como é importante entender os pontos negativos da pornografia e os efeitos dela sob os indivíduos, também é essencial apresentar os prós do consumo de filmes pornográficos. Continue lendo e confira!


1. Estimula a imaginação


Você sabia que os filmes pornôs podem servir como incentivo para apimentar a relação e, consequentemente, combater a monotonia? Pois é! A pornografia pode ser uma ótima maneira de conhecer e explorar outras forma de prazer.


Além disso, os conteúdos pornográficos, se consumidos de forma inteligente, podem tirar da imaginação fantasias que os casais armazenavam apenas no pensamento.


2. Desenvolvimento do conhecimento do corpo


Outro ponto positivo no consumo de pornografia é o favorecimento do conhecimento do corpo. Afinal, por ser explícita e proporcionar, inclusive, ângulos bem detalhados sobre diversas partes do corpo, a pornografia facilita a compreensão de como o sexo acontece.


Dessa forma, o telespectador consegue descobrir como tudo - pênis, vagina, ânus, dedos e línguas - podem ser usados na hora H.


É importante lembrar que a masturbação, principalmente a feminina, ainda é um tabu na nossa sociedade, o que tem como consequência a falta de informações sobre o que acontece no corpo durante o sexo e suas principais fontes de prazer.


Em relação aos homens, ainda que a masturbação masculina seja dita abertamente, também têm suas dúvidas. Nesse contexto, a pornografia passa a ser uma forma de autoconhecimento e, também, de imaginação.


3. Quebra de tabus


Embora a nossa sociedade tenha evoluído nos últimos anos, há temas e assuntos que ainda são tratados como verdadeiros tabus, como o sexo anal, por exemplo. Muitas pessoas têm ideias erradas e repressoras sobre ele.


Com a pornografia, é possível desenvolver uma mentalidade mais aberta sobre as diversas práticas e orientações sexuais.


4. Compartilhamento de desejos e fantasias entre o casal


O último tópico da nossa lista de benefícios do consumo da pornografia é a possibilidade de compartilhar desejos e fantasias com o seu par. Assistir um filme pornô juntos pode levar muitos casais a perderem o receio de falar sobre suas vontades, necessidades e até pontos a serem melhorados.


Existem casais que, embora tenham a vida sexual ativa, acreditam que o sexo não deve ser levado fora da cama, do quarto, e deixam de conversar sobre o que sentem. A pornografia pode ser uma fonte para compartilhar fantasias e novidades.


A relação das mulheres com a pornografia


Outro tabu carregado ao longo dos anos é que ‘’pornografia é coisa de homem’’. Antes de mais nada, é preciso esclarecer que essa ideia é completamente equivocada. Isso porque, ainda que não pareça, o público feminino também está sujeito ao vício.


É claro que homens e mulheres costumam lidar de formas diferentes com o vício. Eles são atraídos por conteúdos que mostram atos sexuais totalmente fora de contexto. Gostam de visualizar órgãos sexuais e posições específicas, além de obterem prazer em histórias mais completas, que evoluem para o sexo.


O fato é que as mulheres foram caracterizadas como público-alvo da indústria pornô há pouco tempo. Há produtoras que criam conteúdos voltados para os prazeres femininos, ou seja, para estímulos que realmente agradam as mulheres.


O avanço da internet foi responsável por derrubar as barreiras pornográficas para elas. Antes, poucas estavam dispostas a se submeter aos julgamentos da sociedade para comprar revistas em uma banca de jornal ou alugar um filme pornô em uma locadora.


Com a internet, as mulheres se sentiram mais à vontade para consumir este tipo de material. É preciso levar em conta, também, a quebra de tabus e a liberação do costume. Hoje, só no Brasil, 33% dos acessos a grandes canais de pornografia são feitos por mulheres.


No mundo, a média é inferior, sendo 25%. A maioria delas é formada por mulheres de 18 a 24 anos. Ou seja, a nova geração de mulheres têm mais liberdade e autonomia para explorar a própria sexualidade.


Conclusão


Por fim, percebe-se que tudo em excesso faz mal. Comer muito, por exemplo, pode levar o indivíduo a uma série de problemas de saúde, como colesterol, obesidade mórbida, diabetes, bulimia, depressão, entre outras doenças graves.


Portanto, é fundamental ficar atento a frequência em que a pornografia é consumida, pois é nesse ponto que mora o problema.


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