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Saiba como cuidar da saúde mental das crianças



Sempre ouvimos muito as pessoas mais velhas dizerem às crianças para aproveitarem a infância.


Porém, atualmente estima-se que, no mundo, uma em cada quatro a cinco crianças e adolescentes tenha algum transtorno mental.


No Brasil, onde faltam pesquisas, acredita-se que a incidência varie dos 7% aos 20%. Além disso, entre 50% e 75% dos transtornos mentais surgem até os 18 anos.


Entre as principais causas, está o que especialistas chamam de “estresse tóxico” na primeira infância, período que vai de zero a seis anos: traumas grandes ou leves, mas contínuos, que, a longo prazo, minam a saúde mental dos pequenos.


Isso relaciona-se as vivências negativas rotineiras que a criança ainda não tem capacidade de gerenciar: entram desde violência física e verbal, abuso sexual, negligência, falta de afeto e desnutrição até hábitos mais naturalizados, como cobrança exagerada, agenda repleta de atividades e excesso de tempo em frente à tela.


Levando isso em consideração e aproveitando o dia das crianças, preparamos este conteúdo com algumas dicas de como cuidar da saúde mental dos nossos pequenos. Confira!


Veja a importância da saúde mental infantil


É na infância que os indivíduos desenvolvem a sua estrutura mental. Situações adversas nessa fase da vida estimulam a produção de cortisol, conhecido como hormônio do estresse, que atrapalha as conexões entre os neurônios.


Ninguém vai atravessar toda a infância sem passar por vivências negativas. Quando acontecem esporadicamente, essas situações nem sempre devem causar preocupação.


É o acontecimento sucessivo de situações adversas que, em longo prazo, pode atrapalhar o desenvolvimento do cérebro e, até mesmo, alterar alguns sistemas importantes.


Entre eles, o neuroendócrino, responsável pela produção de hormônios, e o límbico, responsável pelas emoções.


A saúde mental infantil é importante para toda a vida da pessoa. Os primeiros anos funcionam como uma base para todas as aquisições que o cérebro fará nos anos seguintes.


É também nesse período que surgem os primeiros sintomas de transtornos que podem se agravar na vida adulta.


É necessário educar sem traumatizar


Todo pai e toda mãe se equilibra na corda-bamba entre o que é educar, mimar e traumatizar. É difícil apontar regras, mas vale levar em consideração que nem todo estresse faz mal à criança – alguns, inclusive, são necessários para o amadurecimento.


O fato é que o bebê não nasce organizado, é a gente que organiza as coisas para ele. Um ambiente sem rotina para comer, dormir ou tomar banho não o ajuda a começar a pôr ordem no mundo.


Ele fica atrasado em estabelecer relações de causa e efeito, o que desorganiza a base de pensamento de tempo e espaço e traz prejuízos mais tarde – diz a psicóloga Vera Zimmermann, da Unifesp.


Ao optar entre uma represália ou um silêncio, os pais podem pensar que há três tipos de estresse: o positivo (leve e por curto prazo, como o nervosismo por ouvir “não”, necessário para a vida), o tolerável (moderado, mas enfrentável com apoio da família, como a morte de um parente) e o negativo (intenso ou muito duradouro e sem o suporte, como rotina de agressões ou um abuso).


Alguns dos sintomas de problemas da saúde mental da criança:

  • Problemas para dormir;

  • Agressividade;

  • Irritabilidade;

  • Apatia;

  • Falta de prazer em brincar;

  • Excesso ou falta de fome;

  • Recusa em interagir;

  • Atraso na comunicação (verbal ou mesmo por olhar);

  • Pesadelos recorrentes;

  • Problemas repetidos de escape de xixi ou cocô após já ter aprendido.

Veja alguns cuidados necessários para manter a saúde mental das crianças:


Tempo de tela


Estudos mostram que o excesso de tempo de tela prejudica o sono, altera o humor, reduz a capacidade cognitiva e contribui para o sedentarismo. Entram aqui celular, televisão, tablet e computador.


Sono


Dormir é essencial na primeira infância. Durante o sono, o cérebro concretiza as memórias do dia.

  • De quatro a 12 meses: de 12 a 16 horas, incluindo sonecas;

  • De um a dois anos: de 11 a 14 horas, incluindo sonecas;

  • De três a cinco anos: de 10 a 13 horas, incluindo sonecas.

Leitura


Leia para seu filho. O hábito fortalece o vínculo afetivo, ajuda a lidar com as emoções e colabora para o raciocínio, o aprendizado da linguagem, o estímulo à atenção e à memória.


Evite a sobrecarga mental


Se os adultos sofrem com a correria do dia a dia e a falta de tempo livre, imagine o que passa na cabeça de uma criança que tem o dia repleto de atividades — por mais que sejam educativas ou culturais, acabam se tornando obrigações.


Uma rotina lotada de compromissos pode ser estressante para os pequenos. Por isso, os pais devem estar atentos para que sempre haja um tempo livre no dia da criança, quando ela pode se dedicar às atividades que quiser e conviver com as pessoas que ama.


Esteja atento ao sinais de que algo não está bem


Muitas crianças têm dificuldade em expressar o que estão sentindo ou ainda não têm capacidade para entender o que está acontecendo.


Os pais e outros adultos próximos precisam estar atentos a alguns sinais de alerta, que indicam que algo pode estar errado com a saúde mental da criança.


Rotina


Crianças precisam de rotina para aprender a colocar ordem no mundo. Instaure hora certa para acordar, comer, tomar banho e dormir.


E aí, como você faz para promover o cuidado à saúde mental das crianças que você conhece? Conta aqui, compartilhe esse conteúdo com seus amigos e um feliz dia das crianças!

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