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Síndrome de Burnout: o que é, sintomas e tratamento


Você já ouviu falar sobre a Síndrome de Burnout? Não? Embora o conceito não reflita nada muito familiar, trata-se de um transtorno muito comum entre as pessoas que possuem uma sobrecarga enorme de tarefas e não conseguem lidar com a rotina de trabalho.


Para simplificar o termo, vamos imaginar que você passe, pelo menos, 10 horas por dia trabalhando. No entanto, assim que finaliza suas atividades e chega em casa, não consegue desvincular do trabalho e sofre antecipadamente com a rotina do dia seguinte.


Assim, isso não representa apenas um cansaço excessivo ou a necessidade de descanso imediato, mas pode, sim, ser o primeiro sintoma de que você está sofrendo com a Síndrome de Burnout, também conhecida como Síndrome do Esgotamento Profissional.


Com o avanço da internet e a consequente facilidade em obter informações, muitas pessoas já ouviram falar sobre o termo. Mas você sabe, de fato, o que é a Síndrome de Burnout, seus sintomas e como tratá-la?


Neste conteúdo, preparamos um panorama geral sobre o assunto, a fim de esclarecer todas as suas dúvidas e fornecer as respostas que você precisa para entender a Síndrome de Burnout. Boa leitura!


O que é a Síndrome de Burnout?


De forma resumida, a Síndrome de Burnout pode ser caracterizada como um desgaste que impacta negativamente a saúde física e mental do indivíduo, levando-o a uma estagnação mental e, consequentemente, a um completo esgotamento profissional.


O distúrbio foi mencionado pela primeira vez em 1974, pelo psicólogo norte-amaericano Freudenberg. O psicólogo descreveu os sintomas que eles e seus colegas enfrentavam diariamente. Depois disso, várias pesquisas foram feitas acerca do assunto.


De acordo com os estudos realizados pelo Isma - BR (International Stress Management Association no Brasil), a Síndrome de Burnout afeta cerca de 33 milhões de brasileiros. Ela atinge pessoas cuja vida profissional e pessoal são conturbadas.


Por conta das fortes menções na literatura médica, o transtorno pode ser facilmente visto na CID-10 (Classificação Estatística e Internacional de Doença e Problemas Relacionados à Saúde), no grupo 5.


Quais são os profissionais mais afetados pela Síndrome de Burnout?


O principal foco do transtorno são os workaholics (pessoas viciadas em trabalho). No entanto, é possível que a Síndrome se manifeste em profissões que possuem predisposição para o desenvolvimento da doença. São elas:


  • Profissionais que trabalham na área de saúde, com ênfase em médicos e enfermeiros;

  • Jornalistas;

  • Advogados;

  • Professores;

  • Policiais;

  • Bombeiros;

  • Carcereiros;

  • Atendentes de telemarketing;

  • Executivos;

  • Bancários.


É importante mencionar que os profissionais situados nessas profissões passam boa parte do tempo pensando no trabalho e, na maioria das vezes, esquecem de usufruir momentos de descontração e lazer.


A Síndrome de Burnout funciona mais ou menos assim: os profissionais ficam em alerta o tempo todo, fazendo com que se sintam exaustos e em desequilíbrio com o emocional.


O transtorno também pode estar relacionado com profissões que exigem muito das pessoas, tornando-as extremamente perfeccionistas. Assim, a cobrança significativa de si e de seus supervisores acaba impactando negativamente a saúde mental dos indivíduos.


Vale lembrar que as mulheres fazem parte do grupo mais afetado pelo transtorno. Afinal de contas, a dupla jornada de trabalho - o emprego, propriamente dito, e as demais atividades domésticas -, gera uma carga emocional excessiva para o público feminino.


Qual a causa da Síndrome de Burnout?


Antes de mais nada, é importante esclarecer que a Síndrome de Burnout pode surgir em outros ambientes além do espaço físico de trabalho, como também com os inúmeros trabalhos da faculdade ou atividades domésticas, por exemplo.


O distúrbio se manifesta quando a relação que a pessoa tem para com o trabalho se torna extremamente exaustiva, se transformando em estresse, ansiedade e nervosismos constantes. O indivíduo acaba, em geral, sendo levado ao esgotamento físico e mental.


O fato é que a Síndrome de Burnout está diretamente relacionada ao excesso de esforço físico, mental e emocional, seguido de poucos momentos de descontração. Ou seja, tudo que ocupa muito da sua saúde mental pode gerar o transtorno.


Quais são os sintomas da Síndrome de Burnout?


Os sintomas da Síndrome de Burnout podem ser divididos em categorias. Contudo, existem indícios mais comuns. São eles:


  • Distúrbios de sono;

  • Dores musculares e de cabeça;

  • Irritabilidade;

  • Alterações de humor;

  • Falhas de memória;

  • Dificuldade de concentração;

  • Falta de apetite;

  • Agressividade;

  • Pessimismo e baixa autoestima;

  • Sentimentos de apatia e desesperança - sintoma que, na maioria das vezes, acarreta o diagnóstico errado da doença;

  • Perda de prazer - inicialmente como algo simples, bem como a falta de vontade de comum um alimento que adorava, por exemplo.


Além disso, é importante ressaltar que dependendo do caso, o distúrbio pode refletir doenças físicas, tais como hipertensão, dores musculares e de cabeça, fadigas excessivas e problemas estomacais.


Qual é o tratamento para a Síndrome de Burnout?


O acompanhamento profissional é super necessário para tratar o transtorno. Um diagnóstico adequado que possa apontar em que nível a doença se encontra é essencial para, então, definir as melhores ações para monitorar a doença.


Geralmente, o psicólogo pedirá para que o paciente pratique atividades que o ajudem no que diz respeito à distração, tornando-o mais relaxado e, consequentemente, aliviando o estresse da vida profissional.


Além disso, é necessário participar ativamente das sessões uma ou duas vezes por semana. Em casos mais elevados, um médico especialista pode indicar tratamentos baseados em remédios.


É importante lembrar ainda que o diagnóstico do transtorno pode tornar o profissional elegível para o afastamento remunerado pelo INSS. Em casos assim, o indivíduo tem direito a uma estabilidade de, pelo menos, 12 meses no trabalho.


Portanto, para reverter a situação e contornar o problema, o atendimento psicológico é fundamental.


Você já teve alguma sobrecarga emocional relacionada ao seu trabalho? Conhece alguém que já foi diagnosticado com o transtorno? Compartilhe conosco!

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