Muito se tem falado sobre a depressão, que se estima que afete mais de 300 milhões de pessoas em todo o mundo. Por sua vez, a depressão na adolescência é um tema cada vez mais preocupante, por se tratar de um grupo com alto risco de desenvolver o transtorno.
A adolescência é um período muito conturbado da vida, quando os jovens vivenciam novas situações, pressões sociais, mudanças de humor e crises emocionais. Para alguns, este tem sido um período extremamente turbulento, com muitos altos e baixos. Além disso, o desequilíbrio hormonal nessa fase é um dos fatores que dificulta o manejo de tantas emoções.
Muitos estudos foram realizados e podemos dizer que não existe uma razão única para o desenvolvimento da depressão. É uma combinação de fatores, incluindo predisposição genética e ambiente de uma pessoa.
A depressão na adolescência é muito comum justamente porque é um momento no qual o jovem sofre tanto com fatores internos de autoestima e autoaceitação, como todos os fatores externos.
O solo é um terreno fértil para doenças, mas isso não significa que todos os jovens sofram de depressão. No entanto, vale a pena redobrar os cuidados nessa fase para que determinadas condições não desencadeiem a doença.
Quais são os sintomas da depressão na adolescência?
A depressão vai além da tristeza passageira. É necessário enfatizar a gravidade desse transtorno porque, na adolescência, os familiares muitas vezes percebem muitos dos sintomas como novidade ou "drama adolescente".
Embora alguns sintomas sejam universais, independentemente da faixa etária da pessoa, vale ressaltar que existem alguns sinais a serem observados quando se trata de depressão na adolescência.
1 – Queda no rendimento escolar
Este é um sinal muito específico para crianças e adolescentes com o transtorno, pois a depressão pode levar a alterações no padrão e na velocidade de raciocínio, o que pode levar a uma queda no rendimento. Além disso, o número de absenteísmo aumentará significativamente.
Portanto, quando há mudanças drásticas nas notas, os pais precisam ficar atentos. Claro que nem sempre isso significa um estado depressivo, mas é importante investigar as razões dessa mudança, principalmente porque as escolas tendem a dar menos atenção aos problemas psicológicos que os alunos enfrentam enquanto estão na escola.
2 – Mudanças no comportamento
É comum associar a depressão apenas à melancolia e à tristeza, porém, em alguns casos, as alterações de humor e comportamento podem estar associadas ao mau humor excessivo e à irritabilidade. Os adolescentes podem ficar mais irritados e reclamar de não saber o que fazer.
Além de todos esses sinais, também são comuns a apatia, o choro excessivo, a baixa autoestima, a alteração do apetite e o isolamento. Em geral, é importante estar ciente de mudanças muito repentinas na rotina de um adolescente que não se repetem.
3 – Desinteresse pelo futuro
Um dos sintomas comuns da depressão é a apatia e a falta de planejamento para o futuro. Quando falamos de adolescência, existe uma fase em que são tomadas decisões que afetam o futuro profissional daquele jovem, como a escolha do curso e da universidade. Normalmente, este é um momento muito emocionante porque é o começo da construção da independência.
É comum que a depressão tenha um impacto direto nessas decisões, pois os adolescentes se tornam apáticos, desinteressados em seu futuro e sem vontade de fazer escolhas de forma independente.
Estamos falando especificamente de casos relacionados à carreira, mas a depressão tem o poder de afetar todos os aspectos da vida de um adolescente, privando-o da alegria de se envolver em atividades antes prazerosas. Portanto, o isolamento está intimamente relacionado à apatia induzida pela depressão.
4 – Prazer apenas no mundo virtual
O isolamento leva à desconexão do mundo real. Os jovens perdem o interesse em sair com amigos e familiares, festas e outras atividades que antes lhes davam prazer. Portanto, um dos riscos é que o mundo virtual se torne sua única fonte de prazer.
O adolescente se esconde atrás da tela, deixando de viver grandes experiências de vida. É importante, portanto, ficar atento quando o virtual começar a se sobrepor ao real, pois isso pode significar que algo não vai bem.
5. Pensamentos suicidas vs. depressão na adolescência
É claro que nem todos os suicídios estão relacionados à depressão, mas um distúrbio não tratado aumenta a probabilidade de uma pessoa suicida considerar tirar a própria vida. Entre os jovens de 15 a 29 anos, o suicídio é a segunda principal causa de morte.
A depressão muito grave pode levar a falar ou pensar sobre a morte, pois os adolescentes perdem a esperança e não veem mais o sentido da vida. Em casos mais extremos, pode ocorrer automutilação, que também pode resultar em morte.
Como prevenir a depressão na adolescência
A prevenção é a melhor maneira de lidar com a depressão. Por exemplo, a terapia pode ser uma ótima ferramenta para a puberdade. Se você tem sinais de depressão ou não, consultar um terapeuta é altamente recomendado para adolescentes, afinal, problemas não faltam para resolver!
Outro ponto relacionado é que os familiares também devem estabelecer canais de diálogo com o jovem em que possam confiar, se necessário. Durante um período tão turbulento e de mudanças, os adolescentes precisam se sentir seguros e bem-vindos em casa, com a garantia de que não serão constantemente julgados por suas emoções e escolhas.
Por exemplo, o medo de se comunicar com um dos pais pode criar uma alienação prejudicial no relacionamento e no próprio jovem. Os pais precisam estar preparados para lidar com os problemas que surgem na vida de seus filhos adolescentes, em vez de ver tudo como "rebeldia sem motivo" ou "drama adolescente".
Claro que não podemos generalizar, porém, é importante que as famílias estejam dispostas a ouvir, aconselhar e buscar ajuda se necessário.
Por fim, também vale a pena mencionar que exercícios, alimentação saudável, sono de qualidade e construção de conexões sociais também são importantes para equilibrar sua vida e prevenir doenças.
Qual é o tratamento indicado para depressão?
A depressão existe em muitos níveis. Ao suspeitar de algum problema, o primeiro passo é procurar ajuda de um especialista, pois o tratamento vai variar de acordo com o diagnóstico.
Em alguns casos, o tratamento sozinho é suficiente, mas o tratamento não acontece da noite para o dia. Este é um processo de médio a longo prazo, pois ao longo da sessão com o terapeuta serão abordadas as causas profundas dos problemas enfrentados.
Em casos mais graves, podem ser necessários medicamentos prescritos pelo seu médico para regular a química do cérebro.
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